AS ORIGENS DA MITOLOGIA LOCAL


A mitologia nordestina está vinculada aos contos indígenas e ao contexto histórico da região desde a colonização do país, assim várias histórias foram originadas, como a do caipora, que remete à biodiversidade local e a população que vivia na região e a do monstro Labatut, que remete à presença de um general e mercenário francês, de mesmo nome, que esteve no Nordeste durante os anos de 1822 a 1832 e se tornou aterrorizante pelo fato de sua brutalidade no Ceará e na Bahia.
O lendário do Nordeste, também, é bastante variável e amplo, devido à presença de grande diversidade cultural e física. Contos de moinhos mal-assombrados à noite e de sinos que batem sozinhos são comuns por causa da presença de engenhos de cana, da época da economia açucareira e de igrejas, construídas por povoados que seguiam os chamados messiânicos. Assim, diante dessa forte espiritualidade dos povos da caatinga e da situação de seca e miséria que as comunidades locais enfrentavam, outro personagem muito importante surgiu: o beato, sendo o mais importante deles Antônio Conselheiro.

Outros contos do imaginário nordestino vieram da Europa, como o mito do lobisomem, que, na Grécia, estava ligado ao ataque de um mortal a Zeus e que no Brasil foi sendo caracterizado pelo vínculo da vida da população com a religião e as superstições dos mais velhos, assim, para se virar um monstro do tipo, uma família que tivesse sete filhos e o último a nascer não fosse batizado pelo primogênito, ele viraria um lobisomem: assim como, para vencê-lo, era necessário que se rezassem três ave-marias.

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